Dotações orçamentais públicas para investigação caem 4,4% em 2016

Entre 2015 e este ano, os montantes do Orçamento do Estado para a ciência passaram de 1756 milhões de euros para 1679 milhões.

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AXEL SCHMID/Reuters

As dotações orçamentais públicas para investigação e desenvolvimento diminuíram, este ano, 4,4% para 1679 milhões de euros, face a 2015, segundo dados divulgados pela Direcção-Geral de Estatísticas de Educação e Ciência (DGEEC).

A confirmarem-se, no final do ano, os números de 2016, ainda provisórios, será a terceira descida nas dotações orçamentais públicas para actividades de investigação e desenvolvimento, em dez anos, depois de 2011 e 2012, anos que coincidiram com a crise em Portugal.

Em 2011 e 2012, os montantes inscritos no Orçamento do Estado para investigação e desenvolvimento caíram, respectivamente, para 1754 e 1555 milhões de euros.

No ano passado, as dotações fixaram-se em 1756 milhões de euros.Para a quebra nas dotações, em 2016, contribuiu, em parte, a diminuição das verbas afectas a investigação aos laboratórios do Estado, que desceram 6,6%, para 127,8 milhões de euros, comparativamente a 2015.

Contrariamente, as dotações para a Fundação para a Ciência e a Tecnologia, principal entidade financiadora da investigação em Portugal, e para os Fundos do Ensino Superior para a ciência aumentaram, no mesmo período, para 434 milhões e 714,7 milhões de euros, respectivamente.

As estatísticas da DGEEC sobre as dotações orçamentais para investigação e desenvolvimento têm em conta as verbas inscritas no Orçamento do Estado para os organismos públicos que executam ou financiam actividades de investigação e desenvolvimento, nomeadamente laboratórios do Estado, Fundação para a Ciência e a Tecnologia, Fundos do Ensino Superior (universidades e institutos politécnicos) para a ciência e institutos e serviços na dependência de vários ministérios.

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