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PS e BE votaram contra requerimento do Chega para ouvir José Luís Carneiro sobre ataque a Centro Ismaili. PSD e IL votaram a favor.
Vem de um país onde matar mulheres é tão comum como degolar uma galinha. Porém temos de fingir que este caldo cultural e de inimizades religiosas não tem, de certeza, nada que ver com os crimes.
O presidente da Assembleia da República tem sido duro com o Chega, mas nunca carregou no botão (que existe) para interromper um deputado. Com Belém na mira, espera que o eleitorado valorize o que faz.
O problema já está numa fase muito avançada. Como um alquimista maligno, Ventura transformou sofrimento português em raiva portuguesa. O mal está feito.
O líder do Chega espraiou-se tanto na cama da xenofobia que até Nuno Melo, conhecido pela sua defesa de uma direita musculada, o censurou por “exacerbar ódios” e “potenciar mais violência”.
Por um punhado de votos e de palco político, André Ventura e seus correligionários recorrem ao incitamento ao ódio, o discurso político mais lamentável que pode haver.
André Ventura adverte que o país se arrisca a ficar, nos próximos meses, “pior do que no tempo da troika” em termos de conflitos, greves e manifestações”.
A extrema-direita não tem soluções, nem remédios. E o que fez foi com força, violência, ditadura e sem liberdades, acrescentando crise à crise.
A crise da esquerda à esquerda do PS tem motivos mais profundos do que a participação na “geringonça”. Alguns decorrem da incapacidade de as doutrinas tradicionais compreenderem o mundo de hoje.