O esplendor de António Lobo Antunes

Aos 80 anos, publica um romance onde parece concentrar, de forma poética, depurada, satírica, todas as suas fixações. O Tamanho do Mundo é o mais breve dos seus livros.

Foto
António Lobo Antunes escreve sobre o mundo de forma cada vez mais depurada e chega a um momento crucial nessa busca Rui Gaudêncio

“A minha vida parece acabar na janela”, escreveu António Lobo Antunes na crónica O Tamanho do Mundo, que integra o Quarto Livro de Crónicas (D. Quixote, 2011) e a que foi buscar o título para o seu 32º romance, justamente O Tamanho do Mundo, que sai quando o autor completa 80 anos. A frase remete para o confinamento de onde parece que cada vez mais as suas obras vão surgindo. É a partir desse espaço de semi-reclusão espacial, mas sobretudo narrativa, que Lobo Antunes vai procurando a linguagem que melhor se possa ajustar não a uma explicação de mundo, mas a uma harmonia com a própria linguagem do mundo.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 9 comentários