Todas as carreiras políticas acabam em fracasso. A de Marcelo também
Talvez seja, agora, chegada a hora de ler o Presidente Rebelo de Sousa à luz das categorias que eram utilizadas pelo comentador Marcelo.
Ontem, o Presidente fez uma promessa que espero não cumpra: jamais falará de política depois de abandonar o cargo. A declaração é de certa forma um prolongamento de uma outra na qual deixava cair – a propósito da relação com o anterior primeiro-ministro, António Costa – “éramos felizes e não sabíamos”. Em ambas, num registo confessional, o Presidente deixa transparecer um sentimento de perda face a um tempo que já não volta e a aceitação de uma derrota política, que terá deixado marcas pessoais. Arrisco a interpretação seguindo a prática que o comentador Marcelo adotou de aplicar leituras psicologistas à análise política.
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