PJ detém homem suspeito de atingir ex-namorada com ácido. Jovem de 21 anos está em estado grave

Detido já foi presente a tribunal e ficou em prisão preventiva. Mulher permanece internada desde o dia 13 de Novembro.

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Caso, que ocorreu em Amarante, remonta a 13 de Novembro. Mulher atingida com ácido mantém-se internada Daniel Rocha
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A Polícia Judiciária (PJ), através da directoria do Norte, deteve um homem, de 29 anos, suspeito de tentativa de homicídio da ex-namorada, comunicou a autoridade policial este sábado. O caso, que ocorreu em Amarante,​ remonta ao dia 13 de Novembro. A mulher, de 21 anos, foi atingida com ácido e mantém-se internada em estado grave.

Em comunicado, a PJ adianta que “após o crime o arguido colocou-se em fuga e encontrava-se, até à data da localização e detenção, em paradeiro desconhecido”. Já foi presente a tribunal e ficou em prisão preventiva.

Foi com o “pretexto de entrega de um animal de estimação e de outros pertences” que o suspeito se deslocou até perto da casa da vítima para este encontro e lhe derramou ácido em cima. Segundo a PJ, o suspeito, que viveu durante algum tempo com esta mulher, não aceitou o fim do relacionamento.

“Além de outras partes do corpo, a vítima foi atingida principalmente no rosto, sendo que, dada a gravidade dos ferimentos, foi transportada ao hospital onde ainda se encontra internada, em estado grave”, refere a autoridade policial.

A jovem de 21 anos e o alegado agressor viveram juntos durante cinco anos e à data dos factos estavam separados há 15 dias. Não há registo de terem existido queixas, anteriores a este acontecimento, relacionadas com situações de violência feitas a autoridades policiais, disse fonte da PJ ao PÚBLICO.

De acordo com o recente balanço do Observatório de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta, a partir de notícias vindas a público, entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro deste ano, pelo menos 25 mulheres foram assassinadas, 20 das quais vítimas de femicídio (mortes relacionadas com a violência de género). De forma global, os agressores são quase sempre homens e a casa continua a ser o local onde ocorre a número mais elevado de crimes.

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