Amanhã é longe demais
Benefícios fiscais para a poupança, como sugere Carla Castro, beneficiariam apenas quem já o consegue fazer, criando uma desigualdade ainda maior entre cidadãos.
Um dos grandes indicadores de desigualdade (ainda que indirecto) é a forma como a passagem do tempo nos afecta. Por certo, o tempo passa por todos nós, diz a minha mãe, mas não nos toca da mesma forma. Nem é sequer percepcionado de forma igual. Por isso mesmo, a mais recente crónica de Carla Castro — Amanhã não é longe de mais — causou-me estranheza. Não é longe de mais para quem, exactamente?
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