A tristeza infinita e sublime de Ambrose Akinmusire no Guimarães Jazz
O 33.º Guimarães Jazz arrancou com um concerto arrebatador. O primeiro fim-de-semana recebeu ainda Sara Serpa, André Matos, Craig Taborn e Jeff Ballard, e Daniel Bernardes com o Drumming GP.
O contexto não é, nunca pode ser, indiferente. Quando o Guimarães Jazz programou o novo projecto de Ambrose Akinmusire para a sua noite de abertura, na passada quinta-feira, sabendo que aconteceria um par de dias depois das eleições presidenciais dos Estados Unidos da América, não poderia antecipar o desfecho das mesmas. Certo é que a obra do trompetista nascido em Oakland, Califórnia, há muito que se tem centrado numa reflexão sobre o que significa ser um homem negro naquele território, visto como ameaça por uns, como alvo por outros, ambos por muitos. Após uma primeira visita ao festival em 2016, altura em que se apresentou em quarteto, Akinmusire regressou agora com um concerto (cujo álbum será lançado em Janeiro de 2025) que é assumido aprofundamento dessa narrativa derramada para a música.
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