Trump, um narcisista desgovernado a brincar ao apocalipse
A fórmula da ascensão trumpista é feita de narcisismo, apocalipse e conspirações, e é preciso estar mesmo muito desesperado para achar que essa fórmula pode produzir algo de bom.
Tenho muitos problemas políticos com Donald Trump, mas o meu maior problema antecede a questão política. É, se quiserem, um problema existencial e religioso (entendendo aqui religião como um sistema moral definido em função de uma hierarquia de valores, que se reflecte numa forma de agir): Trump é tudo aquilo que eu ensino aos meus filhos para não serem. Em primeiro lugar, é um espantoso narcisista – tudo é sobre ele, e todas as coisas criadas parecem gravitar à volta do seu umbigo. Em segundo lugar, é um apocalíptico incontinente – tudo está contaminado, decadente e à beira do fim, e apenas ele, com o seu génio e a sua espertíssima capacidade para compreender o mal, conseguirá salvar a América, ou talvez mesmo o mundo, da destruição.
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