Turismo, o nosso petróleo!

A perceção internacional dos elevados índices de segurança do país, a satisfação dos turistas que recomendam o nosso destino aos amigos, familiares e conhecidos, está a entusiasmar investidores.

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O plano estratégico do Turismo, elaborado em 2017, para 10 anos e denominado “Estratégia Turismo 2027” tem o objetivo de “afirmar o turismo como hub para o desenvolvimento económico, social e ambiental em todo o território, posicionando Portugal como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo”.

E as seguintes metas para 2027: dormidas – 80 milhões; receitas – 26 000 M€; nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no setor do turismo - 60%; índice de sazonalidade - 33,5%; + 90% da população residente considerar positivo o impacto do turismo no seu território, etc.

Em 2023, Portugal atingiu as seguintes metas: dormidas – 77, 2 milhões; receitas – 25,1 M€; nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo (2022) – 37%; índice de sazonalidade – 36,9%; +50% da população considera que o turismo tem efeito positivo.

Estes dados representam máximos históricos, em dormidas e receitas. Tudo indica que as metas traçadas serão ultrapassadas este ano. Segundo o INE, o turismo gerou “cerca de metade do crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB)”, com contributo direto e indireto de 33,8 mil milhões de euros, o que equivale a 12,7% do PIB total nacional.

Em termos acumulados, de janeiro a maio, foram registados quase 11,3 milhões de hóspedes e quase 27,7 milhões de dormidas em território nacional, o que representa uma subida de 5,3% e 4,4%, respetivamente, dando origem a aumentos de 12,2% nos proveitos totais, face a igual período do ano passado.

Estes excelentes resultados irão continuar e são decorrentes dos inúmeros prémios e distinções ganhos pelo Turismo de Portugal, assim como de uma liderança política competente, mantendo coerência nas políticas públicas.

A perceção internacional dos elevados índices de segurança do país, a satisfação dos turistas que recomendam o nosso destino aos amigos, familiares e conhecidos, está a entusiasmar investidores.

Não é por acaso que o programa Acelerar a Economia, anunciado pelo Governo a 4 de julho, em 60 medidas, dedique 19 ao setor do turismo, entre elas, a elaboração de uma “Estratégia Turismo 2035”.

Este documento deve servir de bússola para as respostas que o setor necessita: controlo da carga turísticas nos principais destinos geográficos do país; consequências ao nível da perda de população nos centros das cidades; incremento exponencial do imobiliário para habitação e outras atividades económicas; impacto ambiental nos resíduos; consumo de água; perda de biodiversidade; distribuição dos turistas pelo território; combate eficaz à sazonalidade; melhor remuneração da mão de obra; eficácia na mitigação das alterações climáticas, etc.

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo prevê que, em 2033, o setor atinja os 50.000 M€ de receitas e ocupará um quarto da força de trabalho do país, com a criação de 248 mil novos postos de trabalho.

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