Portugal, meu amor

Somos um país com pinta e com recorte internacional — e não se julgue que é só por sorte geográfica de muito sol e extensos areais: tem dado trabalho e muitos dos resultados estão à vista.

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“Nós, portugueses, somos sempre melhores do que às vezes pensamos.” Cito esta frase do discurso de 10 de Junho do Presidente Marcelo Rebelo de Sousa porque revela vontade de combater o luso-ceticismo e essa me parece uma tarefa muito atual e premente. A verdade é que somos um país com pinta e com recorte internacional — e não se julgue que é só por sorte geográfica de muito sol e extensos areais: tem dado trabalho e muitos dos resultados estão à vista. No entanto, presos num autocriticismo persistente, é sempre com renovado espanto que nos vemos em lugares cimeiros em rankings internacionais. No Índice Global da Paz de 2024, Portugal é o sétimo país mais pacífico do mundo, logo abaixo da Suíça e um lugar acima da Dinamarca. Mas ocorre-nos lá apreciar com a profundidade devida o facto de sermos um país em que há paz, um bem inestimável. E não nos demoramos a pensar na quantidade de coisas que é preciso que corram bem numa determinada sociedade humana para que a violência não predomine; ou damos sequer conta da gigante rede infraestrutural de bons serviços em que as vidas contemporâneas assentam.

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