Avaliação das casas sobe 13 euros em Agosto, pedidos de crédito caem
Número de avaliações bancárias para efeito de crédito totalizou 24.605, uma queda de 6,3% em termos homólogos.
A compra de casas com recurso a empréstimos bancários voltou a diminuir em Agosto, como mostram os números de avaliações bancárias realizadas com essa finalidade, ao passo que o valor por metro quadrado continuou a subir, fixando novo máximo da série.
O valor mediano de avaliação bancária na habitação fixou-se em 1538 euros por metro quadrado, mais 13 euros do que o observado no mês anterior (mês em que subiu sete euros), de acordo com informação divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 8,8%, em aceleração face aos 7,6% em Julho.
De acordo com a mesma fonte, o número de avaliações bancárias ascendeu a 24.605, o que representa uma descida de 1,1% face ao período anterior e uma redução de 6,3% em termos homólogos. Neste universo, foram avaliados 15.875 apartamentos e 8730 moradias.
A forte subida das taxas Euribor, a que continua associada a maioria dos empréstimos para compra de casa, em conjunto com a subida das taxas fixas, torna mais difícil o acesso ao crédito bancário para a compra de casa, numa altura em que há outros factores a pesar na decisão deste tipo de investimentos, como o impacto da inflação nos bens essenciais.
O valor mediano de avaliação bancária aumentou em todas as regiões face ao mês anterior, excepto no Algarve (-0,6%).
Por segmentos, o valor mediano de avaliação bancária de apartamentos foi de 1707 euros por metro quadrado, tendo aumentado 8,2% relativamente a Agosto de 2022, e os valores mais elevados foram observados no Algarve (2159 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (2054 euros), tendo o Alentejo registado o valor mais baixo (1123 euros).
Nas moradias, o valor mediano fixou-se em 1197 euros por metro quadrado, o que representa um acréscimo de 6,3% em relação ao mesmo mês do ano anterior. Os valores mais elevados observaram-se no Algarve (2178 euros) e na Área Metropolitana de Lisboa (2059 euros), tendo o centro e o Alentejo registado os valores mais baixos (980 euros e 1039 euros, respectivamente).
“De acordo com o Índice do valor mediano de avaliação bancária, em Agosto de 2023, o Algarve, a Área Metropolitana de Lisboa, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação de 40,7%, 33,6%, 10,9% e 5,1%, respectivamente, superiores à mediana do país”, adianta o INE. Já “Terras de Trás-os-Montes, Beiras e Serra da Estrela e Alto Alentejo foram as regiões que apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país (-48,8%, -47,4% e -46,6% respectivamente)”.