Mais de 40 sepulturas vandalizadas em cemitério judaico na Alemanha

A Alemanha tem assistido a um ressurgimento de actos anti-semitas. Na terça-feira, o Governo alemão proibiu as actividades do grupo Hammerskins Deutschland.

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Na terça-feira, as autoridades alemãs proibiram as actividades do grupo Hammerskins Deutschland EPA/Hannibal Hanschke

Dezenas de lápides foram derrubadas e danificadas num antigo cemitério judaico na cidade alemã de Köthen, no estado federado da Saxónia-Anhalt, ao longo de cinco dias na última semana, avançou a polícia.

As autoridades locais pediram a colaboração de testemunhas que possam fornecer informações sobre possíveis suspeitos.

Nos últimos anos, a Alemanha tem assistido a um ressurgimento de actos anti-semitas.

Em 2020, o tribunal de Magdeburgo condenou a prisão perpétua Stephan Balliet, um alemão anti-semita responsável pelo ataque contra a sinagoga de Halle, no Leste do país, em 2019.

No dia 9 de Outubro de 2019, Balliet tentou entrar armado na sinagoga durante a celebração do Yom Kipur, mas não conseguiu passar da porta apesar de ter disparado contra a fechadura.

Abriu então fogo no centro de Halle, matando uma mulher que se encontrava junto à sinagoga, onde estavam dezenas de pessoas.

Pouco depois, matou um homem que se encontrava num restaurante de comida turca na mesma cidade, tendo sido detido horas mais tarde.

Durante o julgamento, Balliet admitiu que queria entrar na sinagoga e matar os 51 judeus que se encontravam no templo.

Em tribunal, o atacante pediu desculpas pela morte da mulher que assassinou no exterior do templo, afirmando que "não queria matar brancos".

Depois deste ataque e de outro de natureza racista em Hanau, perto de Frankfurt, em 2020, que fez nove mortos, a Alemanha colocou o terrorismo de extrema-direita como uma ameaça de topo.

Na terça-feira, o Governo alemão proibiu as actividades do grupo Hammerskins Deutschland, que dissemina "uma teoria racial baseada na ideologia nazi", durante uma operação em grande escala em todo o país.