Setenta vezes sete
O amor que Deus nos tem salta fora de qualquer contabilidade. É incondicional. Deus não é um contabilista.
1. Tomás de Aquino (1225-1274), quando se deu conta das dificuldades com que se debatiam os principiantes nos estudos da teologia – uma verdadeira floresta de questões, muitas delas inúteis –, resolveu elaborar uma obra, breve e clara, que os ajudasse a saber questionar esse mundo misterioso que nos envolve como fonte de sentido do universo e da vida humana. Para este teólogo medieval, espantosamente inovador, o conhecimento da fé não exigia o suicídio da razão. Era, pelo contrário, o seu despertador. Como manifestou, num poema para a festa do Corpo de Deus, o seu lema antecipava, de certo modo, a ousadia da modernidade: atreve-te quanto puderes.
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