Machen, o bardo de Isca Augusta
A obra de Machen está repleta de oclusões, silêncios, retiradas estratégicas. A sua maior virtude é a capacidade de enfeitar as lacunas com implicações furtivas de tudo o que aconteceu fora da página.
Os típicos narradores de Poe ou Lovecraft começam por nos explicar que não estão loucos. Nervosos, talvez, mas não loucos. A insistência pode ser táctica e falsa (Poe) ou tecnicamente verdadeira (Lovecraft), mas, da perspectiva deles, a diferença é nula: as faculdades lógicas e narrativas mantêm-se intactas, e experiências extremas vão ser recapituladas com implacável lucidez.
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