A brisa Hatis Noit e o furacão Pongo encheram (literalmente) o palco do Sinsal

O festival de música galego, onde se entra sem conhecer o cartaz, terminou este domingo. Desde sexta-feira, actuaram 26 bandas/artistas de 18 países diferentes, entre eles a portuguesa Ana Lua Caiano.

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A japonesa Hatis Noit é um daqueles casos raros que surgem na música de tempos a tempos Ana Marques Maia
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Só com o som de fundo das ondas do mar que banha Fukushima a servir de base sonora, Hatis Noit sai do palco para contemplar a paisagem que se vê da ilha de San Antón, na Galiza. Vestida com uma túnica branca, passeia-se pelo meio do público, de olhos postos na ria de Vigo, e canta para as vítimas do acidente nuclear de 11 de Março de 2011. A audiência quase que contém a respiração para garantir que o silêncio é absoluto, de forma a que se ouça apenas a voz da artista japonesa. Naquela altura, quem ali está já percebeu que este será um quadro que vai ficar guardado para sempre na gaveta da memória que cada um reserva para os momentos mais épicos da música que assistiu ao vivo.

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