Depois de Gentle Dawn no 25 de Abril, ViaMonte estreia Leda Madrugada II a 10 de Junho

São ambas canções do mais recente álbum de André ViaMonte e ele quis estreá-las em duas datas marcantes na história e no imaginário português. No dia 25 de Abril, lançou em single e videoclipe Gentle Dawn, com a participação da cantora Beatriz Nunes e com o objectivo de assinalar o 25 de Abril com a ideia de que, “mais do que lembrar o passado, é importante resgatá-lo” criando “pontes emocionais entre gerações”. Agora, neste 10 de Junho, dia de Camões e das Comunidades, estreia o videoclipe de Leda Madrugada II, canção que no disco surge ligada tematicamente e sequencialmente a Gentle Dawn, e que é baseada num soneto de Luís de Camões que já inspirara uma canção a José Mário Branco, no início da década de 70: Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades. Nele, André ViaMonte resume a história do país à sua saudade. “Do mal ficam as mágoas na lembrança, E do bem (se algum houve) as saudades.” A coreografia do videoclipe conta com o bailarino Máximo Sequeira, a sublinhar, intencionalmente, que “a Liberdade é mais que um direito, reside na essência de todos os seres. No texto que acompanha a estreia, escreve-se, a justificar o tema: “Somos um legado histórico de trocas culturais. Somos o resultado de uma era global onde o ‘colonizador’ na verdade nunca foi mais que uma nação ‘colonizada’; ‘mesclada’ com legados históricos das suas comunidades.”

Nascido em 1983 na Suíça, em Zurique, filho de emigrantes, André ViaMonte viveu depois em Singen, uma cidade do Sul da Alemanha, crescendo a ouvir diferentes sonoridades e culturas musicais, do folclore português ao fado, à ópera, ao jazz, à bossa nova, até vozes búlgaras. Compôs cedo os seus primeiros temas, acabando por firmar aos 22 anos, e já em Portugal, um lugar na música, enquanto se formava em musicoterapia. Tem dois álbuns a solo: VIA (2016) e MONTE (2019). Em Maio de 2022 estreou a canção Deadfall, “contra a guerra ou todas as guerras que se possam perpetuar”, tal como em Maio de 2020 respondera à pandemia da covid-19 com a canção Aqui, feita num contexto “onde o medo tenta predominar devido a um vírus que invadiu o nosso quotidiano”, como disse na altura.