Final da Champions: tripla coroa do City ou surpresa made in Milão?

O jogo que vai atribuir otítulo de campeão europeu disputa-se neste sábado em Istambul. O City regressa a uma final, dois anos depois, o Inter tenta reeditar 2010.

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Uma réplica do troféu da Champions no centro de Istambul Reuters/UMIT BEKTAS
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Está a chegar o dia mais ansiado por qualquer clube europeu com aspirações a conquistar o continente. Em Istambul (20h, TVI), será entregue no sábado à noite o troféu referente à Liga dos Campeões, que ou viajará com a comitiva do Manchester City para Inglaterra, ou fará as delícias dos adeptos do Inter Milão à chegada a Itália.

Desde que o nome dos finalistas se tornou oficial que a balança das probabilidades tem pendido de forma clara para os britânicos. Porque ganharam a Premier League e a Taça de Inglaterra (e podem, por isso, emular a tripla conquista do rival Manchester United, em 1999); porque contam com um treinador, Pep Guardiola, que já venceu o troféu duas vezes, pelo Barcelona); porque dispõem da maior máquina de fazer golos do futebol actual, Erling Haaland; e porque aperfeiçoaram uma forma de jogar francamente difícil de contrariar.

“Vi tantos jogos do Inter quantos pude, mas o que é importante é estarmos ao nosso melhor nível”, resumiu ontem o técnico catalão, acrescentando: “Para conseguirmos algo, temos de ter a porção correcta de obsessão e desejo”.

Em matéria de vontade, porém, as contas serão bem mais equilibradas. É certo que o City ainda não perdeu nesta campanha europeia e provou que tanto sabe ganhar assente numa posse esmagadora, como num risco calculado de permitir a iniciativa ao adversário (como sucedeu diante do Bayern). Mas o Inter tem revelado uma alma do tamanho do Giuseppe Meazza e maior fiabilidade frente a adversários de topo.

A consistência defensiva dos “nerazzurri”, intensos sem bola e fortíssimos nos duelos, aliada à qualidade de Çalhanoglu ou Barella, no meio, e aos raides dos alas no seu 3x5x2 habitual, permitem-lhes pensar em reeditar a surpresa protagonizada pelo Inter de José Mourinho, em 2010.

"Será o 57.º jogo (da época) para nós, tem sido um percurso muito longo. Tivemos momentos difíceis em que crescemos, colocámos um compromisso que nos trouxe até aqui", recordou Simone Inzaghi, técnico que teve a capacidade de resgatar a aura europeia da equipa. "Sabemos o que esta final significa para todos".​

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