Os cerca de 107 mil trabalhadores que mudaram de emprego entre Outubro de 2022 e Março deste ano tiveram um aumento salarial médio de 13%. De acordo com as declarações mensais de remunerações entregues à Segurança Social, este aumento corresponde a mais 150 euros brutos.

O Governo apresentou aos parceiros sociais um conjunto de dados relativos à evolução dos salários, mas não revelou o valor da remuneração média declarada no primeiro trimestre do ano.

A informação apresentada pelo Governo aos parceiros sociais permite ainda concluir que do total de trabalhadores que mudaram de emprego, 52 mil são jovens e tiveram aumentos de 16%. A evolução foi particularmente expressiva para os jovens que em Outubro de 2022 recebiam 760 euros e que ao mudarem de postos de trabalho viram a sua remuneração subir 18%.

Tal como tem vindo a ser anunciado, em termos globais, as remunerações médias no sector privado cresceram 8,3% em Março face ao período homólogo. Uma evolução que, segundo o Governo, é transversal a todos os sectores de actividade.

Na reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, o Governo transmitiu ainda aos parceiros que a percentagem de trabalhadores a receber o salário mínimo recuou no primeiro trimestre de 2023, apesar de o volume total do emprego ter aumentado.

De acordo com os dados apresentados, 22,4% dos trabalhadores por conta de outrem a descontar para a Segurança Social recebiam o salário mínimo nos primeiros meses do ano, percentagem que compara com os 24,6% no primeiro trimestre de 2022.

Segundo os mesmos dados, em termos absolutos havia menos 80 mil trabalhadores a receber 760 euros mensais, mas o Governo não revelou qual o número total de trabalhadores abrangidos pelo salário mínimo.

A remuneração mínima teve um aumento de 7,8% este ano, passando para os 760 euros.