Carlos César garante que Comissão Nacional do PS não abordou o tema Galamba

O presidente do PS sublinhou os “bons resultados” e “sucessos” do Governo a nível económico e social, afirmando que “casos e casinhos” não podem destruir a imagem do executivo.

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Carlos César ao lado de António Costa na reunião da Comissão Nacional do PS, em Matosinhos LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO

O presidente do PS garantiu este sábado que a Comissão Nacional, que esteve reunida durante mais de cinco horas em Matosinhos, no distrito do Porto, não abordou o tema João Galamba. "Ninguém falou disso [polémica com João Galamba] na Comissão Nacional", disse Carlos César à saída da Comissão Nacional.

Esta reunião do órgão máximo dos socialistas é a segunda desde o início do ano e ocorre num momento em que o Governo tem estado sob pressão com uma série de casos em discussão na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da TAP. No último mês, o presidente do PS sugeriu um "refrescamento" do Governo e a ex-ministra Alexandra Leitão defendeu mesmo que António Costa fizesse um reset na sua equipa.

Mas o primeiro-ministro não deu até agora qualquer sinal nesse sentido e decidiu mesmo manter João Galamba como ministro das Infra-estruturas, contrariando frontalmente o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Segundo o presidente do PS, um Governo que está a ter "tantos sucessos" na área económica, na área social e em todas as áreas, contrastando com aquilo que está a acontecer até em outros países europeus, não pode destruir a sua imagem com "casos e casinhos". Perante a insistência dos jornalistas sobre se João Galamba tem condições para continuar no executivo de António Costa, Carlos César reafirmou que não fala sobre isso. "Eu não falo sobre isso. Conhecem a minha opinião pessoal e a minha opinião pessoal é que os governos devem ter o maior número possível de bons governantes", concluiu.

PS não se distrai com história do SIS

Carlos César assumiu ainda que o Governo não se vai deixar distrair com a história do Serviço de Informações de Segurança (SIS) porque os portugueses, e até a oposição, "já não querem saber disso". "Nós temos tido bons resultados, orgulhamo-nos muito disso e não nos vão distrair disso com a história do SIS, com a história de quem telefonou e de quem não telefonou", disse Carlos César. Os portugueses já estão "fartos" desse assunto, já não querem saber disso, considerou.

"Até parece que o líder da oposição também já não quer saber disso porque já percebeu que não pode dissimular os sucessos do Governo continuando com essa lengalenga e, agora, há-de inventar outra porque já se sabe que é assim", afirmou.

De acordo com o socialista, o Governo de António Costa está a ganhar na economia e nos apoios sociais, já a oposição só está a ganhar no enredo.

O PS está "muito empenhado" não em discutir "detalhes, aspectos e minudências" que não têm relevância para os portugueses, mas em aprofundar o actual caminho de melhoria da actividade económica, das prestações e dos apoios sociais para que os portugueses sintam com maior evidência nas suas vidas, no seu dia-a-dia e nos problemas das suas famílias os alívios e os benefícios.

"Nós temos todos a percepção de que os resultados que temos obtido são bons", vincou. Contudo, Carlos César assumiu que o PS tem consciência e sabe que não faz tudo bem e que há áreas com maiores e menores fragilidades. "Aquilo que resultou claramente desta Comissão Nacional é um grande orgulho, diria mesmo uma grande alegria, pelos resultados que estamos a obter porque nós vínhamos de um percurso muito difícil ao longo destes sete anos", sublinhou.

E acrescentou: "Quando entrámos para o Governo tivemos problemas com a banca, depois tivemos a pandemia, a guerra, enfim, uma sucessão de problemas que dificultaram sempre a actividade governativa e que nos condicionaram sempre no sentido de uma acção mais estrutural". Na opinião do presidente do PS, o Governo teve de ser "quase sempre bombeiro" perante emergências que foram ocorrendo.

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