Carlos Alcaraz continua a seguir as pisadas do treinador

Francisco Cabral travado nos oitavos-de-final do torneio de Roland Garros.

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Reuters/BENOIT TESSIER
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Foi há 20 anos que Juan Carlos Ferrero ergueu a Taça dos Mosqueteiros. Poucos meses depois, após ter sido finalista no US Open, o tenista de Onteniente chegou ao primeiro lugar do ranking mundial. Discreto e humilde, Ferrero inspirou a geração seguinte de tenistas espanhóis, como David Ferrer e Rafael Nadal, e continua a ser um exemplo para os compatriotas mais novos, como Carlos Alcaraz. O espanhol de 20 anos procura imitar o treinador e manter-se invicto no torneio de Roland Garros até domingo e essa possibilidade é cada vez mais real à entrada para a segunda semana de prova.

Alcaraz é o mais novo quarto-finalista em duas edições consecutivas de Roland Garros desde Novak Djokovic em 2006-2007, após ultrapassar Lorenzo, Musetti (18.º), por 6-3, 6-2 e 6-2. E no fim do aguardado confronto de duas horas que acabou por ser se um sentido só, o tenista de Murcia deixou o elogio a Ferrero.

“É meu amigo, é meu treinador e, posso dizer que é meu pai também. Aprendi muito com ele, desde que começámos juntos, quando eu tinha 15 anos, com tantas coisas para aprender e melhorar. Jogámos juniores, depois futures e challengers, competimos em todas as categorias. Em cada ano, aprendi imenso com ele. Estou mesmo muito agradecido por o ter não só no meu camarote, mas no ténis, dentro e fora do court, e crescer como pessoa com ele”, afirmou Alcaraz.

Nos quartos-de-final, o número um mundial terá pela frente Stefanos Tsitsipas (5.º) que terminou com a boa prestação do austríaco vindo do qualifying, Sebastian Ofner (118.º), me menos de duas horas: 7-5, 6-3 e 6-0.

Musetti era o último representante italiano no quadro masculino, depois da derrota de Lorenzo Sonego (48.º) diante de Karen Khachanov (11.º), por 1-6, 6-4, 7-6 e 6-1. O russo continua muito regular nos torneios do Grand Slam, depois de ter sido semifinalista nas duas últimas provas, US Open e Open da Austrália.

Igualmente em ritmo de treino, Novak Djokovic (3.º) venceu o melhor tenista peruano deste século, Juan Pablo Varillas (94.º), por 6-3, 6-2 e 6-2, e seguiu para os “quartos”, onde vai encontrar Khachanov.

Na primeira sessão nocturna dedicada ao ténis feminino, Aryna Sabalenka (2.ª) entrou de rompante e ao fim de 17 minutos, vencia Sloane Stephens (30.ª) por 5-0. Mas depois de salvar quatro set-points e ganhar cinco jogos consecutivos, a norte-americana viria a ceder o set inicial no tie-break, em que liderou por 4/2. Apesar dos 40 erros não forçados, a bielorrussa venceu, por 7-6 (7/5), 6-4, e vai agora defrontar a ucraniana Elina Svitolina (192.ª). A recém mamã ganhou mais um encontro, por 6-4, 7-6 (7/5), em que não cumprimentou a adversária, porque Daria Kasatkina (9.ª) é russa.

O outro quarto-de-final opõe duas jogadoras não cabeças-de-série: Karolina Muchova (43.ª) e Anastasia Pavlyuchenkova, 21.ª antes de parar por lesão e finalista em 2021.

Na prova de pares, Francisco Cabral e o brasileiro Rafael Matos foram travados nos “oitavos” pelos cabeças de série n.º 4, Ivan Dodig e Austin Krajicek, ao fim de três horas de jogo: 6-7 (3/7), 6-4 e 7-5.

Noutro encontro de pares, feminino, a japonesa Miyu Kato, que fazia equipa com a indonésia Aldila Sutjiadi, foi desclassificada por ter atirado uma bola para o fundo do court, que, acidentalmente, acertou numa apanha-bolas, que se assustou e começou a chorar copiosamente.

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