Depósitos de particulares caem pelo quarto mês, mas em menor ritmo

Stock de empréstimos a particulares também está a cair há nove meses consecutivos devido em parte às amortizações.

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Poupança das famílias em depósitos tem diminuído, mas tem aumentado noutros produtos Leonhard Foeger
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O montante total de depósitos de particulares nos bancos a operar no mercado nacional voltou a descer em Abril, o que se verifica pelo quarto mês consecutivo. No final do mês, totalizaram 174,4 mil milhões de euros, menos 400 milhões de euros do que no final de Março, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Banco de Portugal (BdP).

O abrandamento foi, no entanto, menos expressivo que nos meses anteriores.

Também na comparação homóloga se verificou um recuo de 1,6%, o que acontece pelo segundo mês consecutivo.

Uma parte da saída de depósitos tem sido canalizada para a subscrição de Certificados de Aforro, que abrandaram em Abril, mas também para a amortização parcial ou total de crédito à habitação, beneficiando de isenção temporária da comissão por pagamentos antecipados.

Em abrandamento estiveram também os empréstimos à habitação. O stock total era de 99,6 mil milhões de euros, menos 100 milhões do que no final de Março.

“A concessão destes empréstimos desacelerou, relativamente ao mês homólogo do ano anterior, pelo nono mês consecutivo”, refere o BdP. Para esta queda também contribuiu o aumento do crédito amortizado.

Mas a redução do montante total do crédito à habitação também está a abrandar nos últimos meses, explica o Banco de Portugal. “A concessão destes empréstimos desacelerou, relativamente ao mês homólogo do ano anterior, pelo nono mês consecutivo: a taxa de variação anual passou de 4,8% em Julho de 2022 para 1,4% em Abril de 2023”, resume.

Em sentido contrário, nos empréstimos ao consumo, que totalizavam 20,7 mil milhões de euros no final de Abril, verificou-se um crescimento de 4,4% em relação a Abril de 2022.

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