Quase 7000 estrangeiros vão poder estudar em Portugal no próximo ano

Maioria dos lugares para estudantes internacionais são abertos pelas instituições de ensino superior públicas. Número tem crescido desde a introdução de uma nova lei, em 2014.

Foto
A captação de alunos estrangeiros tornou-se uma importante fonte de receita para as instituições Manuel Roberto
Ouça este artigo
--:--
--:--

Quase 7000 estudantes estrangeiros vão poder estudar em Portugal no próximo ano lectivo, ao abrigo do estatuto do estudante internacional. A grande maioria destes lugares foi aberta pelas universidades e politécnicos públicos. Os números são divulgados este domingo pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), fazendo parte do conjunto de concursos especiais e regimes alternativos de ingresso no sector.

Para o próximo ano lectivo, são fixadas 6861 vagas para estudantes internacionais, de acordo com o MCTES, 85% das quais em instituições de ensino superior públicas. Nas universidades e politécnicos privados há 1021 lugares para estes alunos, que fazem todo o seu curso superior em território nacional.

O Estatuto do Estudante Internacional foi introduzido em 2014 como forma de facilitar a captação de alunos estrangeiros por parte das instituições de ensino superior. À parte de uma ligeira quebra motivada pela pandemia de covid-19 no ano de 2021, o número de inscritos ao abrigo deste concurso especial não tem parado de crescer. No ano passado, matricularam-se 4568 estudantes no ensino público ao abrigo deste regime, de acordo com os dados mais recentes divulgados pelo MCTES.

A captação de alunos estrangeiros tornou-se uma importante fonte de receita para as instituições de ensino superior nacional. O último balanço, de 2021, mostra que as propinas dos estudantes internacionais representam cerca de 20 milhões de euros anuais para as instituições de ensino superior públicas – cerca de 5% das suas receitas próprias anuais.

Estes estudantes internacionais pagam um valor acima daquele que é cobrado aos alunos nacionais, uma vez que são considerados os custos totais da formação. O preço varia entre os 1500 euros, propina cobrada pela maioria dos institutos politécnicos, e os mais de 7000 euros anuais.

Sugerir correcção
Ler 2 comentários