Estão a querer dizer-nos que não aguentamos demasiada verdade?

Vejo instalar-se um certo cinismo: por um lado diz-se que o SIS não pode actuar como se fosse uma polícia secreta; por outro receia-se o escrutínio, parecendo que o SIS é de facto uma polícia secreta.

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Até para um primeiro-ministro tão ostensivamente relutante em levar a sério as perguntas dos deputados, foi extraordinária a recusa de António Costa em dar uma resposta directa a uma pergunta simples de “sim” ou “não”, feita mais do que uma vez no debate da última quarta-feira na Assembleia da República, por mais do que um grupo parlamentar, sobre se o seu secretário de Estado adjunto, António Mendonça Mendes, tinha ou não sugerido por telefone ao ministro das Infra-estruturas, João Galamba, que mobilizasse o SIS na tarefa de recuperar o computador do adjunto Frederico Pinheiro, como o próprio ministro, em plena comissão parlamentar de inquérito à tutela política da gestão da TAP, tinha dito que havia sucedido.

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