Bruxelas aprova sem reservas fusão de Credit Suisse e UBS

Comissão Europeia considera que a compra apressada, anunciada em Março, “não suscita preocupações” em matéria de concorrência. Fusão deve ser concluída nas próximas semanas.

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UBS avançou em Março, em clima de emergência, para a compra do concorrente Credit Suisse, que há anos andava em maus lençóis EPA/MICHAEL BUHOLZER (arquivo)
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A Comissão Europeia aprovou nesta quinta-feira, sem reservas, a fusão do banco suíço Credit Suisse e do grupo UBS por considerar que a aquisição de emergência, concretizada em Março, "não suscita preocupações" em matéria de concorrência.

“A Comissão Europeia aprovou incondicionalmente, ao abrigo do Regulamento das Concentrações da UE, a fusão entre o Credit Suisse e o UBS”, por concluir que “a operação não suscita preocupações em matéria de concorrência no Espaço Económico Europeu”, informa o organismo em comunicado.

Após ter analisado esta fusão, os serviços de concorrência do executivo comunitário apontam que “a concentração não reduz significativamente a concorrência nos mercados em que as suas actividades se sobrepõem”, até porque esta entidade resultante da fusão “continuará a enfrentar uma pressão concorrencial significativa por parte de um vasto leque de concorrentes em todos esses mercados, incluindo vários grandes bancos mundiais, bem como fornecedores especializados e fortes operadores locais”.

Por essa razão, “a Comissão concluiu que a concentração projectada não suscita problemas de concorrência em nenhum dos mercados examinados no Espaço Económico Europeu e autorizou incondicionalmente a operação”, adianta a instituição.

Em Março, o UBS aceitou adquirir o Credit Suisse por 3000 milhões de francos suíços (o equivalente em euros) com garantias dadas pelas autoridades da Confederação Helvética. Com presença global, o Credit Suisse tinha vindo a apostar na banca de investimento, mas acumulava prejuízos anuais avultados, escândalos de gestão e perda de clientes, além de perdas significativas no valor das acções em bolsa, quando foi salvo pela compra por parte do UBS.

Após esta luz verde de Bruxelas, a fusão entre os dois grupos bancários deverá estar concluída nas próximas semanas.

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