Giuliano da Empoli: “O novo tipo de políticos populistas é o resultado da raiva mais o algoritmo”

Os “engenheiros do caos” levam para a política a lógica das redes sociais, em que cada um é dono das suas opiniões, mas também dos seus factos. Entrevista com Giuliano da Empoli.

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Giuliano da Empoli esteve há dias em Lisboa, para uma conferência na Gulbenkian, intitulada "O Fim da Paz? A Rússia, Último Império Colonial" Daniel Rocha
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Ganhou fama imediata com o livro O Mago do Kremlin, publicado em França, em 2022, traduzido para dezenas de línguas (em Portugal, pela Gradiva), que lhe mereceu o Grande Prémio do Romance da Academia francesa. Saiu imediatamente antes da invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022. É um misto de ficção e realidade que pretende traduzir o ambiente que se vive em redor de Vladimir Putin. Mas Giuliano da Empoli não é um romancista. De origem italiana e suíça, é professor na Faculdade de Ciência Política (Sciences Po) de Paris e um ensaísta reconhecido, cuja obra de 2018, Os Engenheiros do Caos, é um estudo inovador sobre os bastidores do movimento populista global, cujo ímpeto se deve, em boa medida, à expansão das redes sociais. Este livro, que a Gradiva acaba de publicar em Portugal, é sobre a forma como estão a mudar as regras da política nas democracias. Na Itália ou nos Estados Unidos, em França ou em qualquer outro país europeu.

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