Kenneth Anger (1927-2023), o cineasta que simpatizava com o diabo

Não há outro “cinema do Mal” como o dele e foi figura pioneira na história do homoerotismo cinematográfico.

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Kenneth Anger foi autor de uma obra singularíssima, marcada desde o início pela transgressão e pelo escândalo Nick Wall/WireImage/getty images
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Morreu aos 96 anos o cineasta Kenneth Anger, um dos nomes mais importantes, influentes e infames das áreas do cinema dito “experimental” ou de avant garde. A notícia foi avançada pela galeria que representava o seu trabalho, a Sprüth Magers, sem contudo mencionar a causa da morte. Foi autor de uma obra singularíssima, marcada desde o início pela transgressão e pelo escândalo. Desde o início, literalmente: o nada disfarçado homoerotismo do seu primeiro filme, Fireworks, de 1947, feito quando Anger era pouco mais do que adolescente, valeu-lhe ordem de prisão e ameaça de destruição dos negativos, até que um juiz de Los Angeles decretou que se tratava de “arte” e não de “pornografia”, e o jovem cineasta seguiu em liberdade.

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