Precisávamos de um “culpómetro”

Poderá parecer estranho que não se saiba o básico: porque é que certos processos não atam nem desatam. Palpites há muitos, mas conhecimento real e fundamentado não existe.

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Um dia, quando se fizer o museu dos atrasos da Justiça, o mais provável é que a vitrina das culpas, na sala das desilusões dos casos penais “famosos”, fique vazia. Os processos de criminalidade económica e financeira complexa, que envolvem pessoas com notoriedade, arrastam-se sem fim à vista. Ninguém se declara responsável, ninguém se preocupa com o risco de os crimes prescreverem e ficarmos sem saber se os arguidos eram culpados ou inocentes, enfim, ninguém parece ver que podemos estar a caminhar para um colapso estrondoso de um sector vital da estrutura do Estado democrático de direito. Por isso é que digo que precisávamos de um “culpómetro”; de uma maneira qualquer de saber porque demoram tanto esses processos, quem os faz atrasar e como é que isso se resolve.

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