Rodeo. Maria-rapaz contra o mundo
Entre o policial e o realismo social, Lola Quivoron procura um equilíbrio que nem sempre consegue encontrar.
Existem dois filmes na estreia no formato longo da francesa Lola Quivoron, que de início até nem se encaixam mal: uma história de pequena criminalidade ambientada no mundo das motocicletas e dos rodeos de acrobacias ilegais; e um retrato de maria-rapaz obcecada pelas duas rodas e em luta contra o mundo, dobrado de denúncia social-realista de uma sociedade patriarcal onde a agência é vedada às mulheres. O primeiro é o mais interessante, devido ao modo habilmente cinético como Quivoron filma as descargas de adrenalina da tribo a que Julia quer desesperadamente pertencer a todo o custo; o segundo peca por estar demasiado próximo da matriz Dardenne (nem falta a câmara à mão atrás da sua personagem).
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