Taxa de inflação homóloga na OCDE cai para 7,7% em Março

A inflação da energia diminuiu em 36 dos 38 países da OCDE e foi mesmo negativa em 13 países em termos homólogos.

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A inflação da energia na OCDE caiu para 1,3% em Março Paulo Pimenta

A inflação homóloga na OCDE desceu para 7,7% em Março, contra 8,8% em Fevereiro e distante do pico de 10,7% registado em Outubro de 2022, e desacelerou em 34 dos 38 Estados da organização.

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) precisa que "regressando para o nível de Fevereiro de 2022, a descida da inflação foi generalizada", com o Japão, o Luxemburgo, a Espanha e a Suíça a registarem taxas de inflação inferiores a 4% e a Hungria e a Turquia ainda a excederem 20%.

A inflação da energia na OCDE caiu acentuadamente para 1,3% em Março, contra 11,9% em Fevereiro devido "em grande medida, ao forte aumento do índice de preços no consumidor para a energia em Março de 2022" (ou seja, o efeito de base), sublinham.

A inflação da energia diminuiu em 36 dos 38 países da OCDE e foi mesmo negativa em 13 países em termos homólogos. No entanto, esta tendência não foi universal, com a inflação da energia a manter-se acima dos 20% em seis países.

Entretanto, a inflação dos produtos alimentares na OCDE diminuiu pelo quarto mês consecutivo, ao passar de 14,9% em Fevereiro para 14,0% em Março.

A inflação subjacente da OCDE, excluindo os produtos alimentares e a energia, manteve-se globalmente estável em 7,2%.

A inflação homóloga no G7 voltou a abrandar para 5,4% em Março, contra 6,4% em Fevereiro, com uma descida generalizada nos sete países. A Itália registou a queda mais significativa, reflectindo uma diminuição acentuada da inflação da energia. No Canadá, no Japão e nos EUA, os contributos negativos dos preços dos produtos energéticos ajudaram a moderar a inflação global.

A inflação dos produtos alimentares e da energia continuou a ser o principal factor da inflação global em Itália, enquanto a inflação excluindo os produtos alimentares e a energia foi o principal factor no Canadá, na Alemanha, no Reino Unido e nos Estados Unidos. Em França e no Japão, ambas as componentes contribuíram quase de igual modo para a inflação global.

Na zona euro, a inflação homóloga, medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), desceu para 6,9% em Março de 2023, face a 8,5% em Fevereiro. Os preços da energia diminuíram 0,9 pontos percentuais em Março. A inflação dos produtos alimentares e a subjacente aumentou ligeiramente.

A estimativa provisória do Eurostat para Abril aponta para um ligeiro aumento da taxa homóloga na área do euro, para 7,0%, uma vez que o aumento estimado da inflação da energia foi parcialmente compensado por uma ligeira descida da inflação subjacente, que exclui alimentos e energia.

No G20, a inflação homóloga desceu para 6,9% em Março de 2023, contra 8,0% em Fevereiro.

Fora da OCDE, a inflação diminuiu no Brasil, na China, na Índia, na Indonésia e na Arábia Saudita, mas aumentou na Argentina. Na África do Sul, a inflação manteve-se globalmente estável.

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