O castigo ao voleibolista brasileiro Wallace de Souza foi agravado pelo Comité Olímpico do Brasil (COB), passando de 90 dias sem jogar nas competições internas para cinco anos. Há um mês, o Conselho de Ética do COB tinha castigado Wallace de Souza, afastando-o da selecção brasileira por um ano.

O jogador de 42 anos foi considerado autor de "acto antiético" e de "promover e incitar à violência" nas redes sociais, com mensagens consideradas impróprias sobre o presidente Lula da Silva.

Apoiante do antigo presidente Jair Bolsonaro, Wallace de Souza foi suspenso provisoriamente a 31 de Janeiro, depois de ter promovido uma sondagem na sua página na rede social Instagram em que perguntava se Lula merecia um tiro na cara.

Castigado por 90 dias nas competições internas, Wallace de Souza poderia voltar a jogar a partir desta quarta-feira, mas agora só o poderá fazer a 31 de Janeiro de 2028, depois de ter desrespeitado o castigo e jogado a final da Superliga.

A decisão do Conselho de Ética foi tomada por unanimidade dos membros. Também foram sancionados a Confederação Brasileira de Voleibol, que fica seis meses sem receber os recursos financeiros e o material desportivo a que teria direito, e o seu presidente, Radamés Lattari Filho, afastado por um ano.

Para o COB, a Confederação Brasileira de Voleibol "não só recorreu a artifícios para incumprir a decisão", como "permitiu" a inscrição do jogador em evento por ela organizado.

Wallace de Souza já tinha renunciado à selecção brasileira após os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, mas aceitou voltar para disputar o Mundial do ano passado.