Quatro mortos a tiro em Setúbal após desavença devido a pombos-correios

Em causa estarão também questões relacionadas com dinheiro e repartição de terrenos naquela zona da Avenida Belo Horizonte. O autor dos disparos ter-se-á suicidado à chegada da PSP.

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O alerta para o tiroteio foi dado por volta das oito da manhã LUSA/RUI MINDERICO
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O alerta para o tiroteio foi dado por volta das oito da manhã LUSA/RUI MINDERICO
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Quatro homens morreram na madrugada deste domingo, alvejados por tiros de caçadeira na Bela Vista, na zona da Avenida Belo Horizonte, em Setúbal, avançou a CNN Portugal. O suspeito, um homem com cerca de 40 anos, ter-se-á suicidado à chegada ao local da PSP, que havia sido alertada pelas 8h.

Na origem deste caso estará uma desavença antiga relacionada com a criação de pombos-correios para competição – que implicará também discussões a propósito de dinheiro e a repartição de terrenos num descampado que fica junto àquele aglomerado habitacional também conhecido como Bairro Azul, confirmou ao PÚBLICO fonte da Polícia Judiciária (PJ).

Naquela área, as três vítimas e o suspeito – todos columbófilos – dedicavam-se à plantação de hortas ilegais além da criação daquelas aves em pombais que haviam ali construído. As vítimas teriam mais de 50 anos de idade e viviam naquela zona, assim como o suspeito, adiantou fonte policial.

Aos jornalistas no local, a subcomissária da PSP Andreia Gonçalves, do Comando Distrital de Setúbal, referiu que o caso “será uma situação isolada, com algum assunto por resolver entre eles. Não terá a ver com questões do bairro”. “Há algumas testemunhas que presenciaram os acontecimentos. Não há uma referência de outras situações para já, mas será tudo apurado em sede de investigação”, acrescentou.

À Lusa, uma fonte da PSP confirmou que quando a polícia chegou ao bairro encontraram “três cadáveres e uma pessoa que cometeu suicídio à chegada” das autoridades.

A chegada dos inspectores da PJ ocorreu mais tarde, logo que foram chamados pela PSP, por estarem em causa crimes de homicídio cuja investigação é da competência exclusiva da Judiciária.

Foram “mobilizados meios para o local para apurar o contexto e as circunstâncias” deste caso. “Temos duas equipas de intervenção rápida. E, por uma questão de prevenção, temos o Corpo de Intervenção, para o caso de haver alguma necessidade em termos de alteração de ordem pública. Mas os ânimos estão bastante calmos”, acrescentou a subcomissária.

“Estamos a recolher dados sobre a génese do conflito e elementos junto de outras fontes”, referiu também fonte da PJ à Lusa, que confirmou que a arma do crime, uma caçadeira, já foi apreendida pelas autoridades.

Foi criado um perímetro de segurança no local e o caso está entregue à Polícia Judiciária, que estará a realizar perícias. Os corpos das vítimas ainda não foram retirados do local.

O PÚBLICO contactou o Comando Distrital de Setúbal, que recusou confirmar ou desmentir informações sobre o sucedido.

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