Adolescente que esteve à deriva no mar no Algarve teve alta nesta quarta-feira

Érica Vicente esteve desaparecida no mar durante mais de 20 horas. A rapariga apresentava um quadro de hipotermia e foi encaminhada para o hospital de Faro.

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A jovem estava internada no Centro Hospitalar Universitário do Algarve Adriano Miranda

A jovem que esteve à deriva no mar durante mais de 20 horas, no Algarve, teve nesta quarta-feira alta do hospital de Faro, onde estava em observação desde domingo ao final da tarde, disse à Lusa fonte hospitalar.

Érica Vicente estava internada no serviço de Pediatria da unidade de Faro do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), onde deu entrada após ter sido resgatada de alto mar pela Força Aérea, no domingo, cerca das 18h00, a 25 milhas a sul de Vila Real de Santo António.

A jovem desapareceu depois das 20h00 de sábado, empurrada pelo vento, quando praticava paddle na praia do Coelho, em Monte Gordo, no concelho de Vila Real de Santo António.

Foi encontrada com vida mais de 20 horas depois, a 25 milhas (cerca de 46 quilómetros) a sul de Vila Real de Santo António, por um navio mercante que navegava a caminho de Tânger, em Marrocos.

Um helicóptero da Força Aérea Portuguesa foi enviado para recolher a jovem, que se encontrava num elevado estado de hipotermia, tendo sido depois transportada para o hospital de Faro.

Na segunda-feira, o director clínico do CHUA, Horácio Guerreiro, descreveu o estado de saúde da jovem como estável, sem apresentar lesões graves, estando apenas com manifestações de prostração, sonolência, algumas dores e uma queimadura solar na pele.

A jovem esteve numa unidade de alta vigilância, quase equivalente a uma unidade de Cuidados Intensivos.

Questionado pelos jornalistas sobre se a sua resistência, após tantas horas à deriva no mar, surpreendeu a equipa médica, Horácio Guerreiro respondeu que a situação era surpreendente para todos.

“Com tanto tempo no mar, em condições, penso eu, de stress máximo, é normal que seja surpreendente para todos. É preciso um instinto de sobrevivência, um autocontrolo, não entrar em pânico. Esta miúda é uma heroína, sem dúvida nenhuma”, referiu.

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