Encontrada com vida jovem de 17 anos que estava desaparecida no mar no Algarve

Jovem de 17 anos estava numa prancha que foi empurrada pelo vento na tarde de sábado. Foi encontrada, em hipotermia, por um navio cargueiro.

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A jovem desapareceu na praia do Coelho, em Vila Real de Santo António Município de Vila Real de Santo António/FACEBOOK

Foi encontrada com vida a jovem de 17 anos que desapareceu no sábado numa prancha de paddle na praia do Coelho, em Vila Real de Santo António. A jovem foi encontrada, ainda em cima da prancha, em estado de hipotermia por um navio mercante. Foi avistada pela tripulação, a quem disse o nome e o local onde vivia.

"Estamos a falar de uma jovem que está frágil, não está propriamente bem porque está em estado elevado de hipotermia. Esteve apenas com um biquíni durante toda a noite na água, uma noite de vento e frio, e um dia inteiro no mesmo biquíni ao sol. Nunca teve colete. O facto de estar em cima da prancha ajudou a que não estivesse em contacto constante com a água", disse em directo aos jornalistas no local o Capitão do Porto de Vila Real de Santo António, João Afonso Martins.

O navio que localizou a jovem, que vai agora ser transportada por um helicóptero da Força Aérea para o hospital de Faro, estava a cerca de 42 quilómetros a sul de Vila Real de Santo António. "A nossa estimativa apontava para uma localização mais a oeste, mas a verdade é que é difícil fazer estimativas para pessoas em cima de pranchas. São elementos que flutuam muito e que têm muito pouco material debaixo de água, daí a área de buscas ter sido alargada", apontou.

"Se viesse outra noite, a cada minuto iam ser menores as probabilidade de a operação acabar com o sucesso que teve. Assustava-me outra noite", disse o capitão, deixando ainda uma mensagem à população. "O mar ainda não está para brincadeiras e não estamos no Verão. O mar ainda é um mar de Inverno".

Jovem terá entrado em pânico

Segundo o relato de João Afonso Martins, que coordenou as buscas, o vento soprava de norte e a jovem terá entrado "numa espécie de pânico/susto e não remou", o que fez com que "o vento lhe pegasse e ela começasse a deslocar para sul". "O pai ainda tentou e saltou para a água, mas infelizmente não conseguiu agarrá-la, não teve capacidade física para chegar à prancha", disse.

A partir do momento em que receberam a informação do desaparecimento, "foram activados todos os meios disponíveis possíveis, que foram muitos", assegurou o responsável.

Segundo o responsável pela operação, os primeiros a chegar ao local foram duas embarcações semi-rígidas, uma da estação salva-vidas e outra da Polícia Marítima de Vila Real de Santo António, que chegaram ao local em cerca de 25 minutos. "Mas infelizmente essas embarcações já chegaram à noite, portanto já não tinham visibilidade", afirmou, acrescentando que "também não havia Lua, que só nasceu, em quarto minguante, às 4h". Em seguida, foram chegando mais meios, entre eles um navio de patrulha costeiro com oito homens a bordo e um helicóptero da Força Aérea.

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