Stop convoca quatro dias de greve nas escolas entre 24 e 28 de Abril

Novas paralisações não fazem parte da greve por tempo indeterminado, iniciada em Dezembro, e que termina a 16 de Abril, explica dirigente do Stop.

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Pré-avisos do Stop abrangem professores e pessoal não docente Manuel Roberto

O Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) convocou quatro dias de greve, entre 24 e 28 de Abril, contra o novo regime de concursos e para voltar a insistir na recuperação de todo o tempo de serviço que esteve congelado.

A paralisação não está integrada na greve por tempo indeterminado, que se prolonga desde Dezembro e que o sindicato decidiu terminar no final desta semana.

"Ficou decidido, com as comissões de greve, suspender [a greve por tempo indeterminado] a 16 de Abril, mas também ficaram em aberto, porque as negociações continuam, novas formas de luta que fossem necessárias", explicou à Lusa Carla Piedade, da direcção do Stop.

A nova greve está associada à manifestação convocada pelo Stop para o dia 25 de Abril, em Lisboa. "Os profissionais continuam a demonstrar o seu empenho por esta luta pela defesa da escola pública, contra o regime de concursos e pela devolução do tempo de serviço, que ainda não aconteceu", disse a dirigente sindical.

O regime de gestão e recrutamento de docentes foi aprovado em Março, após vários meses de negociação sem acordo, estando agora a decorrer o processo negocial com o Ministério da Educação sobre a correcção de assimetrias decorrentes do congelamento da carreira.

As medidas propostas pelo executivo têm impacto na progressão na carreira dos professores em funções desde 30 de Agosto de 2005, ou seja, que passaram pelos dois períodos de congelamento, mas são consideradas insuficientes pelas organizações sindicais, que não abdicam dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço por recuperar.

"A greve está sempre em cima da mesa. O Stop mantém total disponibilidade para a negociação com o Ministério da Educação, mas não abdica, nem pode abdicar, de manter a luta, que continua há meses, tendo em conta a falta de soluções para as nossas reivindicações", insistiu Carla Piedade.

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