Jon Rahm vence Masters e recupera liderança do ranking mundial

Espanhol sucede a Scottie Scheffler na lista dos vencedores do primeiro Grand Slam do ano

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Num 87.º Masters Tournament atribulado, com tempestades, chuva, vento, frio e várias interrupções a atrapalhar o desenrolar do mesmo no Augusta National Golf Club, na Georgia (EUA), saiu por cima Jon Rahm, que se tornou assim o quarto espanhol a vencer aquele que é o primeiro major do ano, juntando-se a Severiano Ballesteros (1980 e 1983), José Maria Olazabal (1994 e 99) e Sergio Garcia (2017). 

Foi a sexta vitória de Rahm, de 28 anos, nas últimas 12 prova que jogou no PGA TOUR ou no DP World Tour, e, com seu 11.º título de carreira no PGA TOUR e a segunda vitória no Grand Slam – a primeira foi no Open dos EUA de 2021, em Torrey Pines, San Diego, Califórnia –, subiu de terceiro para n.º 1 no ranking mundial ultrapassando Rory McIlroy e destronando Scottie Scheffler, que era o detentor do título no Masters. 

Quando a terceira e penúltima volta foi suspensa no sábado pouco depois das três da tarde, Rahm e o norte-americano Brooks Koepka, tetra-campeão no Grand Slam, estavam com seis buracos jogados e com o segundo a liderar com um total de 13 pancadas abaixo do Par, o que lhe dava quatro shots de vantagem sobre o espanhol (-9). O amador americano Sam Bennet, que completava o grupo de honra, era terceiro com -6. 

Assim, domingo de manhã, este trio e os restantes jogadores que tinham passado o cut aos 36 buracos tiveram de regressar ao ponto onde se encontravam para retomar a jornada. Nesses 12 buracos remanescentes, Rahm viria a conseguir reduzir a desvantagem para duas pancadas ao finalizá-la com 73 (+1), o mesmo score de Koepka. Era a mesma diferença entre eles que já se registava terminadas as duas primeiras voltas. 

Logo de seguida arrancou a última volta. Koepka (65-67-73) na frente com -11, Rahm (65-69-73) em segundo com -9, o norueguês Viktor Hovland em terceiro com -6, o norte-americano Patrick Cantlay em quarto com -5 e o seu compatriota Russel Henley e o japonês Hideki Matsuyama a completarem o top-5 com -5. Tiger Woods desistira do torneio após passar o cut no limite e ter jogado 17 buracos no sábado. Rory McIlroy fora eliminado. 

Rahm acabaria por não dar hipóteses à concorrência acabando com 69 (-3), para um total de 276 (-12). Koepka cedeu nos últimos 18 buracos entregando um cartão com 75 (+3) e tendo de se contentar com o segundo lugar empatado com o veterano Phil Mickelson, ambos com 280 (-8). 

Mickelson, de 52 anos, é um triplo campeão do Masters (2004, 2006 e 2010) e foi o autor da melhor volta final com 65 (-7). Ele e Koepka são jogadores do circuito LIV Series, concorrente do PGA Tour, estando por isso banidos deste último. Competiram no Masters porque este não é da responsabilidade do PGA Tour, mas do Augusta National Golf Club.

Os nortes-americanos Jordan Spieth (campeão em 2015), Patrick Reed (campeão em 2018) e Russel Henley partilharam o quarto lugar com 281 (-7). 

“É difícil colocar em palavras”, disse Rahm, que dedicou a vitória a Severiano Ballesteros. “Obviamente, todos nós sonhamos com coisas assim como jogadores, e tentamos visualizar como será. Quando acertei aquela terceira pancada no green [no buraco 18] e percebi, pela reacção dos espectadores, que estava perto, percorreu-me e dominou-me uma onda de emoções. Nunca pensei que fosse chorar ao vencer um torneio de golfe, mas estive perto nessa altura.”

 

 

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