Valeu ao Sporting um “Hat-Trincão”

“Leões” triunfam sobre o Casa Pia por 3-4 no Jamor, com três golos do ex-avançado do Barcelona.

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EPA/MIGUEL A. LOPES
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Francisco Trincão foi um pedido de Rúben Amorim e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de negócio. O Barcelona não o queria e os “leões” resgataram-no por uma fracção do que custava. Nunca ninguém lhe negou o talento, mas questionavam-lhe a regularidade e o empenho em determinados momentos. Neste domingo, no Jamor, foi Trincão e mais dez no difícil triunfo do Sporting sobre o Casa Pia por 3-4, com um “hat-trincão”, três golos do internacional português no regresso dos “leões” às vitórias, que repõe a diferença para o Sp. Braga em cinco pontos.

Depois do nulo em Barcelos e antes da viagem a Turim para defrontar a Juventus, o Sporting ainda tinha de passar pelo Jamor, esperando uma tarde tranquila e agradável no meio das árvores. E bem parecia ser esse o caso quando, logo aos 18 segundos, Francisco Trincão fez o 0-1 na primeira jogada. Roubo de bola no meio-campo mais visão de jogo de Pedro Gonçalves e o ex-Barcelona fez o resto, numa grande entrada do “leão” quando muita gente ainda estava a entrar no Estádio Nacional.

Só que o Casa Pia não se deixou abater pela desvantagem madrugadora. E aos 6’, Rafael Martins fez o empate, após assistência de Diogo Pinto. A primeira indicação da equipa de arbitragem era de que o experiente avançado brasileiro estaria em fora-de-jogo no momento do passe, mas a revisão do videoárbitro reverteu a decisão – Martins estava mesmo em jogo e bem escondido atrás de Coates, antes de receber e arrancar um belo remate cruzado que não deu hipóteses a Adán.

Dois golos a abrir era um bom indicador do que o jogo viria a ser. Com mais iniciativa atacante, o “leão” conseguia levar o jogo até à baliza dos “gansos”, colocando Chermiti em posição de finalização em várias ocasiões, mas o jovem avançado ainda não tem todas as ferramentas para ser um ponta-de-lança de eleição – nunca conseguiu fazer a diferença.

Pelo contrário, Trincão estava em tarde inspirada. Aos 40’, fez o seu segundo do jogo, após um excelente passe de Ricardo Esgaio. Mas os “gansos” voltaram a responder pouco tempo depois, mesmo a fechar a primeira parte, com o japonês Soma a concretizar uma jogada que começou na esquerda, dos pés de Lelo. O internacional nipónico aproveitou um mau posicionamento dos centrais do Sporting e ainda beneficiou de um mau corte de Nuno Santos.

Tal como acontecera no início do jogo, o Sporting entrou com tudo no início da segunda parte e reassumiu o controlo do marcador, com um belo golo de Pedro Gonçalves, após assistência de Morita, sendo que tudo começou num toque de calcanhar de Trincão. Mas a equipa de Filipe Martins voltou a nivelar aos 62’, com Felippe Cardoso a manobrar entre Coates e Inácio antes de bater Adán.

O Casa Pia ficou a jogar com dez aos 64' devido à expulsão do autor do seu terceiro golo por acumulação de amarelos e viu-se obrigado a resistir. O Sporting carregou, o Casa Pia resistiu, e, já com Coates a ponta-de-lança, foi Trincão a resolver aos 85', depois de mais uma assistência de Pote - passou a ser o melhor assistente da liga, com nove passes para golo. E a este, o Casa Pia já não conseguiu responder. Quanto ao Sporting, foi um final feliz para uma tarde esgotante e com muitos erros defensivos, em que valeu o acerto de Trincão para manter viva a chama de chegar a um lugar de Champions.

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