Bancos pagam 0,65% nos novos depósitos e cobram 3,56% nos empréstimos à habitação

Empréstimos associados às taxas Euribor encurtam diferença face aos de taxa fixa, que se manteve em Fevereiro em 4,20%.

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Discrepância entre juros cobrados e pagos aos clientes é muito significativa Ricardo Lopes

A taxa de juro média dos novos depósitos a prazo dos particulares aumentou em Fevereiro para 0,65%, apenas mais nove pontos base face aos 0,56% de Janeiro, revelou esta sexta-feira o Banco de Portugal (BdP). Já a taxa média dos novos empréstimos à habitação a taxa variável (Euribor) subiu para 3,56% e a fixa manteve-se nos 4,20%.

“A remuneração dos novos depósitos com prazo acordado acima de dois anos subiu 39 pontos base, para 0,54%, o valor mais alto em seis anos”, adianta a regulador. Acrescentando que nos novos depósitos com prazo até um ano foram remunerados, em média, a 0,56% (0,43% em Janeiro), e "os novos depósitos de um a dois anos a 1,15% (1,13% em Janeiro)".

O montante de novos depósitos a prazo de particulares totalizou 5900 milhões de euros, ligeiramente acima dos 5727 milhões registados em Janeiro. Face ao mesmo mês do ano passado, o aumento é significativo, uma vez que tinham ascendido a 3596 milhões de euros.

Na frente do crédito à habitação, a grandeza da taxa paga pelas famílias é bem maior. A taxa de juro média dos novos empréstimos a taxa variável (associados às Euribor) aumentou para 3,56% em Fevereiro, “reduzindo-se a diferença em relação à taxa fixa, que se manteve nos 4,20%”, destaca o supervisor.

Montante do crédito à habitação desce

Apesar da conjuntura económica e da forte subida das taxas Euribor, o montante de crédito concedido às famílias subiu ligeiramente, face a Janeiro, mas apenas no crédito ao consumo. No total, os bancos emprestaram 1929 milhões de euros em novos empréstimos, mais oito milhões do que no primeiro mês Janeiro.

No crédito à habitação, o montante caiu 35 milhões de euros, ascendendo a 1386 milhões de euros.

A taxa de juro média dos contratos à habitação a taxa variável, ou associados às Euribor, fixou-se em 3,56% (3,37% em Janeiro), e a taxa fixa manteve-se em 4,20%.

No segmento do crédito ao consumo e para outros fins os montantes atingiram 428 milhões de euros e 154 milhões de euros, respectivamente, mais 25 e 19 milhões de euros pela mesma ordem.

A taxa de juro média dos novos empréstimos ao consumo foi de 8,48%, ligeiramente abaixo dos 8,45% em Janeiro), e o mesmo se passou nos empréstimos para outros fins, que se fixou em 4,97% (4,98% em Janeiro).

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