Tenistas russos e bielorrussos autorizados a competir em Wimbledon

Interdição foi levantada pela organização do torneio do Grand Slam.

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EPA/NIC BOTHMA

Os tenistas russos e bielorrussos têm luz verde para voltar a competir em Wimbledon, depois de a organização do torneio ter anunciado, nesta sexta-feira, o levantamento das sanções impostas no ano passado. De acordo com o All England Club (AELTC), terão de jogar como atletas neutros, uma orientação que segue a mesma linha adoptada recentemente pelo Comité Olímpico Internacional (COI).

"Continuamos a condenar totalmente a invasão ilegal promovida pela Rússia e o nosso sentido apoio continua a dirigir-se para o povo ucraniano", explicou Ian Hewitt, presidente do AELTC. "Esta foi uma decisão incrivelmente difícil, fruto de enorme ponderação".

O torneio de Wimbledon inicia-se no dia 3 de Julho, mas antes deste peso-pesado do calendário há mais duas provas britânicas a serem afectadas por esta decisão: Queen's e Eastbourne. Para competirem nestes palcos, os atletas russos e bielorrussos não poderão fazer manifestações de apoio ao regime dos países de origem, nem serem financiados pelo Estado.

Os courts ingleses juntam-se, assim, à prática vigente no circuito profissional de permitir a participação de tenistas russos e bielorrussos como neutros, depois de Wimbledon e a Lawn Tennis Association (LTA) terem sido multados pelas proibições decretadas em 2022.

O All England Club explicou que esta decisão de levantar a interdição foi tomada após conversações com o Governo britânico, a LTA e os parceiros internacionais, sublinhando que, a manter-se a proibição, ficava em risco o estatuto da LTA enquanto membro dos circuitos ATP e WTA.

Estão, agora, reunidas as condições para que tenistas como os russos Daniil Medvedev, Andrey Rublev e Daria Kasatkina que integram o top10 dos rankings masculino e feminino, competirem neste Verão nos courts britânicos, o mesmo se esperando da número 2 do mundo, a bielorrussa Aryna Sabalenka.

Através de um comunicado conjunto, a ATP e a WTA já se mostraram agradadas com a decisão. "Estamos satisfeitos por todos os jogadores poderem ter a oportunidade de competir nos eventos de Wimbledon e da LTA neste Verão. Foi necessário um esforço de colaboração para se chegar a uma solução que protege a justiça do jogo", escreveram os responsáveis das duas organizações, reiterando "a condenação inequívocas da guerra imposta pela Rússia à Ucrânia".

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