A terra a quem a filma

Este ensaio ensimesmado, tem qualquer coisa de desafiador, mas daí a exibi-lo em sala vai um passo talvez grande demais.

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É em casos como este que a proverbial classificação por estrelinhas cai por terra: a segunda longa do montador Raul Domingues é um filme que, pela sua natureza de objecto conceptual, quase hermético, não “encaixa” na lógica da classificação. Não é um filme narrativo, mas sensorial — um cinema que invoca uma ligação à terra perdida através de um catálogo de rostos e práticas; não é um documentário, mas um paciente ensaio de etnografia abstracta a partir de imagens documentais; e, acima de tudo, é um filme cuja exibição em sala precisa de ser enquadrada, sob pena de convocar a total falta de adesão dos potenciais espectadores que lhe caiam em cima sem aviso.

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