Chega defende um orçamento rectificativo para evitar o “desastre”

André Ventura adverte que o país se arrisca a ficar, nos próximos meses, “pior do que no tempo da troika” em termos de conflitos, greves e manifestações”.

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André Ventura está de visitou a Feira Regional da Cana de Açúcar, no concelho madeirense da Ponta do Sol LUSA/HOMEM DE GOUVEIA

O presidente do Chega, André Ventura, defendeu neste domingo que o Governo deve apresentar um orçamento rectificativo para resolver problemas relacionados com os preços, os professores e a saúde, argumentando que, caso contrário, o país caminha para "o desastre".

Em declarações aos jornalistas, André Ventura considerou que o Governo da República deve seguir o exemplo da Madeira, recordando que o presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque, disse no sábado que terá de ser apresentado na região um orçamento rectificativo para incluir medidas como o aumento de 1% dos salários da função pública.

"Nós precisamos de um orçamento rectificativo nacional e o ministro das Finanças, Fernando Medina, está com muito pouco tempo para o fazer. Nós temos de chegar a uma solução rápida que não permita continuar a degradar o ambiente nacional como está a acontecer", salientou o presidente do Chega, no âmbito de uma visita à Feira Regional da Cana de Açúcar, no concelho madeirense da Ponta do Sol.

"Nós estamos com muito pouco tempo para resolver problemas fundamentais e estou a referir-me [...] à questão do preço dos alimentos, à questão dos professores e à questão da saúde", reforçou.

Na perspectiva de André Ventura, se o Governo não apresentar um orçamento rectificativo, o país caminha para o "desastre".

"Isto não é pessimismo nem é fatalismo, nós temos greves na educação que não param, temos serviços de saúde que não param de encerrar, temos demissões em catadupa nos principais órgãos dos serviços de saúde e o Estado aparentemente continua a fingir que negoceia sem fazer nada", argumentou.

O líder do Chega acrescentou que o país se arrisca a ficar, nos próximos meses, "pior do que no tempo da troika em termos de conflitos, greves e manifestações". "Está nas mãos de António Costa querer resolver isto", concluiu.

André Ventura iniciou no sábado uma visita de três dias à Madeira, que termina na segunda-feira com uma visita à Feira do Livro do Funchal.

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