Activistas invadem central de gás fóssil em Gondomar

Quem faz este tipo de iniciativas “põe em risco a sua vida e a de outras pessoas” por desconhecer regras de segurança destes equipamentos, avisa fonte da infra-estrutura.

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Protesto destinou-se a A acção destina-se a "expor os criminosos pela crise climática e crise de custo de vida" Movimento Parar o Gás

Activistas do movimento Parar o Gás invadiram este sábado a Central de Ciclo Combinado da Tapada de Outeiro, em Gondomar, para colocar faixas de protesto contra o consumo de gás fóssil numa das torres.

Segundo o movimento, foram colocadas duas faixas numa das torres principais da infra-estrutura com as mensagens: "Parar o gás" e "Vossos lucros = Nossa pobreza". A acção destina-se a "expor os criminosos pela crise climática e crise de custo de vida, articulada com a semana internacional contra o gás fóssil".

No comunicado, o movimento garante que "esta central está no top 3 das infra-estruturas mais poluentes de Portugal", onde é "utilizado gás 'natural', um combustível fóssil, para produzir electricidade", defendendo, por isso, "que em plena crise climática é urgente transitar de forma justa para a produção de electricidade 100% proveniente de fontes de energia renovável".

"As empresas de combustíveis fósseis impedem esta transição, prendendo-nos ao gás fóssil, que agrava cada vez mais a crise climática. Para além deste crime contra a sobrevivência de todos nós estas empresas subiram o preço de gás, o que se traduziu em lucros históricos que estão a ser pagos pelas pessoas", lê-se ainda.

O movimento considera, por isso, que "estes lucros são a causa principal da maior inflação desde que há euro, sentida na subida dos preços em todos os sectores, desde a comida à habitação". Portanto," os accionistas enriquecem como nunca à custa" do empobrecimento alheio, apesar de "a energia ser um bem essencial".

Fonte da central confirmou o incidente "que durou breves minutos", que "não houve danos" e que a "GNR de Gondomar foi chamada ao local".

"Estas iniciativas acarretam riscos muito grandes quer para as pessoas que o fazem quer para quem lá trabalha. Trata-se de instalações industriais e com riscos pessoais para quem lá trabalha, que têm de cumprir regras muito específicas e claras para circular numas instalações como estas. Provavelmente, quem faz este tipo de iniciativas não sabe disso e põe em risco a sua vida e a de outras pessoas", comentou a mesma fonte.

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