JSD quer saber quantos psicólogos há nas universidades

No dia do Estudante, que se assinala nesta sexta-feira, Alexandre Poço diz que há um “falhanço brutal” nos serviços de psicologia.

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Líder dos jovens sociais-democratas lembra que o Programa para a Saúde Mental no Ensino Superior foi “anunciado várias vezes desde Outubro de 2022” Paulo Pimenta

A JSD está preocupada com o acompanhamento psicológico dos alunos do ensino superior e receia que o número de profissionais seja muito inferior ao desejado. Nesta sexta-feira, em que se assinala do Dia do Estudante, os deputados sociais-democratas da ‘jota’ dirigem uma pergunta ao Ministério do Ensino Superior para tentar saber, oficialmente, o número de psicólogos que há em cada universidade.

Na sequência de contactos com associações de estudantes, os números recolhidos pelos deputados parecem muito longe dos rácios internacionais. Por exemplo, na Universidade do Minho e no ISCSP (Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas) há um psicólogo em cada uma, na Faculdade de Direito de Lisboa há dois, no ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) são três e no Iscte (Instituto Universitário de Lisboa) são cinco, dois dos quais pagos pela associação de estudantes.

“Há um falhanço brutal nos serviços de psicologia”, afirma ao PÚBLICO Alexandre Poço, líder da JSD, referindo que os profissionais existentes servem “milhares de estudantes”. “Conseguimos constatar que há um discurso oficial e a promessa de programas nacionais que vão resolver o problema e depois há a realidade”, afirma.

O deputado refere-se ao Programa para a Saúde Mental no Ensino Superior, “anunciado várias vezes desde Outubro de 2022”, mas que ainda não é conhecido. O requerimento dos deputados do PSD vai no sentido de aceder ao diagnóstico que orienta o programa, aos pareceres das entidades que já se pronunciaram e ao cronograma dos trabalhos.

A escolha deste tema para assinalar o Dia do Estudante tem que ver com a preocupação com o “agravamento da saúde mental” dos alunos, que têm enfrentado dificuldades na sequência do “falhanço” do programa de alojamento universitário e do aumento dos custos, e que pode, em última instância, levar ao abandono do ensino superior, segundo Alexandre Poço.

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