Potemkin, o Mondego e o estado do Estado
Por mais que tentemos é impossível continuar a tapar o sol com uma peneira. Por todo o lado o Estado se degrada, decai e definha.
A 27 de junho de 1905, a bordo do couraçado Potemkin, navio da frota russa no mar Negro, um grupo de marinheiros recusou-se a almoçar. Consta que a carne servida na sopa estava podre e cheia de larvas. O segundo-oficial do navio, Ippolit Giliarovski, não esteve com meias-medidas e ameaçou com fuzilamento imediato quem se recusasse a comer. A disciplina na Marinha de guerra, então como hoje, era a lei da vida. Ou devia ser. O gesto de prepotência bastou para que estalasse um motim a bordo e para que os revoltosos tomassem o controlo do navio.
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