Príncipe William condena racismo “abominável” contra jogadores juvenis de futebol

O Alpha United Juniors, criado há dez anos, denunciou os abusos em Novembro. De acordo com o presidente do clube, crianças de apenas 7 anos sofreram ameaças de violência.

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O Alpha United Juniors Football Club foi criado em 2013 com o intuito de apoiar as crianças e os jovens de Bradford DR

“O racismo e os abusos não têm lugar na nossa sociedade.” Foi desta forma que o príncipe William, herdeiro da coroa britânica, respondeu ao apelo do presidente do Alpha United Juniors Football Club, Mohammed Waheed, que tinha pedido a ajuda do monarca que é também presidente da Associação de Futebol de Inglaterra (FA, na sigla original), o órgão dirigente da modalidade no país.

O Alpha United Juniors Football Club foi criado em 2013 com o intuito de apoiar as crianças e os jovens de Bradford, Norte de Inglaterra, e singrou sobretudo graças ao trabalho de voluntários. A importância do clube foi reconhecida com o prémio de Clube do Ano, atribuído pela FA, estabelecendo contactos com clubes de prestígio global, do Manchester City ao Barcelona. Actualmente, é parceiro exclusivo da Fundación Real Madrid.

Porém, o sucesso dentro das quatro linhas (não tanto pelas vitórias, explica Waheed num vídeo da BBC, mas por poderem simplesmente dar uns pontapés numa bola) tem sido agridoce, já que a reacção de algumas pessoas que assistem aos jogos é lançar agressões verbais, sobretudo racistas, para dentro de campo, chegando inclusive a ameaçar fisicamente crianças pequenas. “Jogadores com apenas 7 anos de idade ouvem calúnias e mesmo ameaças de violência”, denunciou.

A situação deixou o príncipe de Gales “profundamente preocupado”, lê-se na missiva de William dirigida ao Alpha United Juniors, citada pela Sky News, na qual adianta ter contactado a FA para que o caso seja investigado. “Um comportamento abominável desta natureza tem de parar agora e todos os responsáveis têm de ser responsabilizados”, declarou o filho do rei Carlos.

Esta não é a primeira vez que William se manifesta contra o racismo no desporto rei. Em Julho de 2021, o príncipe declarou-se “doente” com os comentários que leu sobre Bukayo Saka, Marcus Rashford e Jadon Sancho, repudiando os ataques racistas contra os jogadores da selecção britânica que falharam três grandes penalidades na final do Campeonato Europeu, dando o título à formação italiana.

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