Morreu o gestor e político Alexandre Patrício Gouveia

O gestor tinha 70 anos. Em comunicado, Marcelo Rebelo de Sousa lamenta a morte do político que diz ter transformado “em causa da sua vida a identidade histórica e cultural de Portugal”.

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O gestor e político numa apresentação do livro A Economia Portuguesa na Zona Euro El Core Ingles

O gestor e político Alexandre Patrício Gouveia, ex-dirigente do PSD que nos anos 1980 integrou o governo de Pinto Balsemão, morreu este domingo aos 70 anos. A informação foi avançada num comunicado da empresa El Corte Inglés, que o administrador presidia em Portugal.

Na nota a empresa explica que Alexandre Patrício Gouveia morreu em consequência de doença prolongada e que o funeral se realiza na terça-feira em Lisboa. Em comunicado, o PSD manifesta profundo pesar pelo falecimento do ex-dirigente. O velório está marcado para segunda-feira, na Basílica da Estrela, entre as 18h e as 22h, com celebração de missa às 20h.

Nascido em 1952, Alexandre Patrício Gouveia foi, nos anos 1980, adjunto para os assuntos económicos, no gabinete do então primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão (1981-1983), e adjunto do ministro do Comércio, Álvaro Barreto (1983-1984). Era administrador do Grupo El Corte Inglés desde a constituição da empresa portuguesa, e também presidia ao conselho de administração da Fundação Batalha de Aljubarrota, um espaço museológico que tem como objectivo a salvaguarda, estudo do campo de Batalha de Aljubarrota.

Numa breve nota publicada no site oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa considera que "Alexandre Patrício Gouveia transformou em causa da sua vida a identidade histórica e cultural de Portugal", referindo que foi "inspirador e presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota, que, para além do centro interpretativo da batalha, tem desenvolvido relevantes actividades culturais e educativas".

O PSD destaca o trabalho de Alexandre Patrício Gouveia para perceber o que "se passou no trágico acidente de Camarate, que tirou a vida a Francisco Sá Carneiro." "Neste momento de consternação, o PSD expressa a mais sentida gratidão pelo trabalho de Alexandre Patrício Gouveia, cuja memória permanecerá de forma indelével em todos, e apresenta condolências à sua família e amigos", lê-se no do partido.

Legado na cultura

O ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, também lamentou a morte de Alexandre Patrício Gouveia através da rede social Twitter, numa nota em que elogia o seu trabalho como presidente da Fundação Batalha de Aljubarrota.

"Teve um papel importante na classificação dos campos de batalha e na preservação e divulgação do património cultural associado a estes espaços. Grande dinamizador do Centro Interpretativo da Batalha de Aljubarrota, Alexandre Patrício Gouveia foi sempre um defensor abnegado da divulgação da História de Portugal", lê-se no texto.

O líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, também manifestou pesar pela morte de Alexandre Patrício Gouveia na sua conta no Twitter, onde escreveu: "Um bom amigo e um cidadão excepcional que sempre lutou por um Portugal melhor. Descansa em paz Alexandre. Vamos sentir a tua falta".

Nascido em 1952, Alexandre Patrício Gouveia foi, nos anos 1980, adjunto para os assuntos económicos, no gabinete do então primeiro-ministro, Francisco Pinto Balsemão (1981-1983), e adjunto do ministro do Comércio, Álvaro Barreto (1983-1984).

Em 2019, Alexandre Patrício Gouveia publicou a obra Os mandantes do atentado de Camarate, ​com base numa investigação sobre o acidente de aviação que vitimou várias pessoas, em Dezembro de 1980, nomeadamente Francisco Sá Carneiro, Adelino Amaro da Costa e o seu irmão, António Patrício Gouveia.

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