Bob Dylan regressa a Portugal para concertos em Lisboa e no Porto em Junho

Actuações a 2 de Junho no Porto e a 4 e 5 em Lisboa. Bilhetes serão colocados à venda na próxima quarta-feira.

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Bob Dylan tem 81 anos DOMENECH CASTELLO/EPA

O músico norte-americano Bob Dylan vai voltar a Portugal em Junho para três concertos no Porto e em Lisboa. O anúncio foi feito esta sexta-feira nas redes sociais pela promotora Everything is New. As actuações — em que não serão autorizados telemóveis — acontecerão a 2 de Junho, no Coliseu do Porto, e nos dias 4 e 5 no Campo Pequeno, em Lisboa.

Estas datas inserem-se na digressão mundial Rough and Rowdy Ways, que se estenderá até 2024 e tem o mesmo nome daquele que é o mais recente álbum de estúdio do lendário artista. “É um imenso e complexo fresco da cultura popular do século XX. É uma visão labiríntica do nosso presente turbulento, com sombras ameaçadoras no horizonte. Magnífico”, escreveu o jornalista do PÚBLICO Mário Lopes a propósito do disco, editado em 2020.

Figura ímpar na história da música, Dylan é o autor de canções clássicas como Like a Rolling Stone, The Times They Are A-Changin’, Mr. Tambourine Man, Knockin’​ on Heaven's Door, Hurricane e Blowin’​ in the Wind, para citar apenas algumas. Protagonista da contracultura dos anos 1960, o músico marcou uma geração com a sua música de cariz interventivo.

A lista dos 500 melhores discos de sempre da publicação Rolling Stone inclui oito álbuns do norte-americano: Love and Theft, lançado a 11 de Setembro de 2001 (ocupa o 411.º posto), John Wesley Harding, de 1967 (337.º), The Basement Tapes, gravado com o grupo The Band e lançado em 1975 (335.º), The Freewheelin’ Bob Dylan, de 1963 (255.º), Bringing It All Back Home, de 1965 (181.º), Blonde on Blonde, de 1966 (38.º), Highway 61 Revisited, de 1965 (18.º) e Blood on the Tracks, de 1975 (9.º).

Em 2016, Dylan tornou-se o primeiro músico a ser galardoado com o Nobel da Literatura. A Academia Sueca, responsável pela atribuição do prémio, distinguiu-o por ter criado novas formas de expressão poética no quadro da grande tradição da música americana.

“Desde muito novo que estou familiarizado e leio todos os trabalhos de todos os que tiveram o privilégio de receber tal distinção: Kipling, Shaw, Thomas Mann, Pearl Buck, Albert Camus, Hemingway. Estes gigantes da literatura, cujas obras são ensinadas nas salas de aula, guardadas em bibliotecas por todo o mundo e sempre referidas num tom reverencial, sempre me causaram uma marca profunda. Que eu agora faça parte dos nomes dessa lista é inexplicável por palavras”, escreveu Dylan, num discurso de aceitação do prémio que foi lido pela embaixadora dos Estados Unidos na Suécia, Azita Raji (Dylan não esteve presente na cerimónia).

Os bilhetes para os concertos de Bob Dylan em Portugal serão colocados à venda às 10h da próxima quarta-feira.

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