Tripulantes da EasyJet rejeitam proposta da empresa e equacionam greve

Direcção do sindicato dos tripulantes de cabina ficou mandatada para “promover todas as diligências e recorrer a todos os meios legais adequados, incluindo a greve”

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José Lopes, director geral da EasyJet em Portugal Nuno Ferreira Santos

Os tripulantes de cabina da Easyjet mandataram esta quinta-feira a direcção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) para “promover todas as diligências e recorrer a todos os meios legais adequados, incluindo a greve”, no âmbito das negociações que estão a decorrer entre os trabalhadores e a empresa, ligadas a questões salariais e de condições de trabalho. Em cima da mesa estava uma proposta da EasyJet, que foi chumbada.

O SNPVAC diz, em comunicado, que “é seu dever desencadear todas as diligências necessárias para a salvaguarda dos interesses dos seus associados” e que “é legítimo” pugnar “para que seja reposto o seu poder aquisitivo perdido desde 2019” e para que “sejam cumpridas, pontual e escrupulosamente, todas as disposições” do acordo de empresa em vigor “e para que seja respeitada a sua dignidade profissional”. Caso o recurso à greve avance, esta terá de ser marcada com dez dias de antecedência.

A assembleia geral extraordinária do SNPVAC que se realizou esta quinta-feira reuniu 85% dos associados EasyJet, tendo votado contra a proposta da empresa 278 associados, “merecendo a unanimidade dos presentes”. O recurso à greve contou com 277 votos a favor e um contra.

Por parte da EasyJet, liderada em Portugal por José Lopes, fonte oficial referiu, sem especificar informações sobre as negociações a e proposta rejeitada, que “leva muito a sério as suas responsabilidades como empregador e emprega toda a sua tripulação ao abrigo de contratos locais, acordados com os sindicatos e em conformidade com a legislação local relevante”.

A empresa diz que tem contratado “um número significativo de colaboradores nos últimos meses” e que continua a “receber um elevado número de candidaturas para funções de tripulantes de cabina em Portugal”, que, diz, “é uma prova das condições competitivas” que oferece. A EasyJet diz que emprega actualmente “mais de 750 funcionários”.

“Estamos empenhados em trabalhar de forma construtiva com os representantes dos nossos funcionários para abordar as suas preocupações com o objectivo de assinar um acordo sustentável”, afirmou a mesma fonte.

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