O neutro inclusivo exclui e apaga as mulheres

Os Brit Awards tornaram-se neutros, sem essas coisas anquilosadas e escleróticas de categorias masculinas e femininas. Em nome da inclusão — uma história (i)moral para o Dia da Mulher.

Vou contar uma história bonita e edificante para o Dia Internacional da Mulher. Em 2019, o artista britânico Sam Smith anunciou que era não binário. Tal anúncio impedia-o de ser nomeado para os Brit Awards (e, eventualmente, ganhar). Ora o artista agora não binário era — e é — percebido pelo mundo como masculino. E, como se sabe, o mundo está construído para celebrar e promover apoteoticamente o sucesso dos homens. Não podia ser, porque constituiria grande injustiça, não premiar o talento de Sam Smith só porque se afirmou não binário.

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