Portugal conclui Europeus em pista coberta com três medalhas

Evelise Veiga não foi além do oitavo lugar na final do comprimento. Ainda assim, foi a melhor prestação nacional na competição.

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Evelise Veiga foi a última portuguesa em acção em Istambul, no comprimento Reuters/UMIT BEKTAS

Não houve surpresas no último dia dos Campeonatos da Europa de atletismo em pista coberta e Portugal concluiu a competição com as três medalhas que já havia conquistado, fruto da prestação dos três atletas mais credenciados da comitiva. Neste domingo, na final do salto em comprimento feminino, Evelise Veiga não conseguiu fugir ao último lugar.

Em estreia nos Europeus, a saltadora que completou 27 anos na passada sexta-feira, já em Istambul, conseguiu um lugar na final com 6,53m, uma marca que se aproximou do recorde pessoal (6,58m). Nesta tarde, nem esse registo lhe teria permitido ir além do oitavo lugar, num concurso ao qual chegou claramente como uma outsider.

Evelise Veiga começou com um salto nulo, a que se seguiu um ensaio demasiado modesto (5,24m) antes de entrar no espectro dos seis metros: 6,36m, 6,11m, 6,07m e 6,19m. O seu melhor ensaio ficou, ainda assim, a 21 centímetros da penúltima classificada e a quase 70 da vencedora, a britânica Jazmin Sawyers, que fez uma prova em crescendo e conquistou a medalha de ouro com a melhor marca mundial do ano (7,00m). A italiana Larissa Iapichino (6,97m) e a sérvia Ivana Vuleta (6,91m) completaram o pódio.

Antes, outro dos portugueses em acção no derradeiro dia dos Europeus falhou o acesso à final dos 60 metros barreiras, terminando a competição no 13.º lugar. O barreirista do Sporting terminou a segunda série das meias-finais no sétimo posto, em 7,81 segundos, registo que ficou aquém do recorde pessoal (7,67s) e da melhor marca do ano (7,73s).

“Senti-me bem, estava confiante e seguro de que ia conseguir, mas bati numa barreira e fiquei sem tempo para recuperar. Foi mais uma meia-final e, agora, é trabalhar porque há muito caminho para percorrer”, resumiu, citado pela agência Lusa. “Acho que se não tivesse batido na barreira podia lutar pela presença na final, mas também tenho alguma inexperiência nestes palcos”.

Tal como acontecera em Valência (1998) e em Torun (2021), Portugal encerra os Europeus de pista coberta com três medalhas — em Espanha ganhou um título, na Polónia três, em Istambul ficou-se pelos dois. Ainda assim, em termos pontuais (as presenças em finais também contam para este efeito), esta edição na Turquia acabou por ser a melhor de sempre da comitiva nacional, que chegou aos 41 pontos (há dois anos foram 33).

“Tivemos dois quartos lugares. Um [Tiago Pereira] ficou a seis centímetros e outro [Jessica Inchude] a nove. Podíamos estar aqui a falar de cinco medalhas ou até mais. Acho que foi um bom resultado, entre as grandes potências da Europa”, resumiu o director técnico nacional da Federação Portuguesa de Atletismo, José Santos.

Portugal terminou na sexta posição no medalheiro de Istambul 2023, entre os 47 países presentes, apenas atrás da Noruega, dos Países Baixos, da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, da Itália e da Bélgica.

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