Explosão na área militar de Santa Margarida, em Santarém, faz um morto e dois feridos graves

Alerta foi dado às 16h49. Foi confirmada uma morte, dois feridos graves e três feridos ligeiros. A explosão ocorreu no decorrer de operações de desativação de engenhos explosivos.

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As circunstâncias da explosão em Santa Margarida ainda estão por apurar ENRIC VIVES-RUBIO/ARQUIVO

Um militar morreu, nesta sexta-feira, depois da explosão de um engenho no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, Santarém. Foram confirmados também dois feridos graves e três feridos ligeiros, de acordo com informações prestadas pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) à Lusa.

A "explosão inopinada" aconteceu no decorrer de operações de desactivação de engenhos explosivos feitas por uma equipa do Regimento de Engenharia N.º1, pelas 16h40, segundo o comunicado de imprensa do Exército enviado às redacções. Foram mobilizados para o local 35 bombeiros, 12 veículos e um helicóptero do INEM. Além do helicóptero, o INEM destacou duas viaturas médicas e sete ambulâncias afectas aos bombeiros.

A vítima mortal era um sargento-ajudante de 47 anos, segundo confirmou o comandante dos Bombeiros de Constância, Marco Gomes. Os dois feridos graves foram transportados de helicóptero para o Hospital Universitário de Coimbra. Os restantes feridos foram transportados por via terrestre para o Hospital de Abrantes. Segundo um comunicado do Exército, todos estarão com um quadro clínico estável.

À agência Lusa, o comandante do Comando Sub-regional do Médio Tejo de Emergência e Protecção Civil, David Lobato, revelou que os feridos sofreram, por exemplo, lesões oculares e lesões internas.

O comando sub-regional do Médio Tejo da Protecção Civil confirmou ao PÚBLICO que os feridos foram assistidos por médicos do INEM do Médio Tejo e Santarém. Foi também prestado apoio médico pelo Serviço de Saúde Militar e activada uma equipa de apoio psicológico do Centro de Psicologia Aplicada do Exército.

A Polícia Judiciária Militar tomou conta das ocorrências e já foi aberto um processo para averiguar as circunstâncias da ocorrência.

Presidente dá condolências à família da vítima mortal

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, já falou com a ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, e com o general chefe do Estado-Maior do Exército, acompanhando solidariamente as vítimas desse acidente e seus familiares, enquanto decorrem as operações a cargo das entidades competentes”, pode ler-se no site da Presidência. “Irei visitar logo que possível os feridos com a senhora ministra da Defesa Nacional e com o general chefe do Estado-Maior do Exército. E queria enviar as minhas condolências à família do militar atingido, e vítima mortal, e, ao mesmo tempo, a preocupação e o acompanhamento dos familiares de vítimas não mortais e felizmente estabilizadas”, disse o Presidente, citado pela Lusa.

O primeiro-ministro, António Costa, também reagiu ao sucedido: “Quero lamentar profundamente o ocorrido. Naturalmente está-se a apurar as circunstâncias, mas sobretudo, temos de lamentar as vítimas.”

Em comunicado, a ministra da Defesa também deixou as “sentidas condolências” à família da vítima mortal e deixou “uma palavra de solidariedade” aos colegas.

Em Janeiro, no Campo Militar de Santa Margarida, registou-se a morte de um militar “causada por arma de fogo”. A ministra da Defesa confirmou a abertura de uma investigação acerca das circunstâncias em que ocorreu a morte.

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